O que é a Catarata Infantil
A catarata infantil é uma condição que atinge o cristalino e faz com que seu aspecto fique opaco e perca a transparência natural, prejudicando a visão da pessoa. Tal patologia, quando acomete bebês e crianças, fica caracterizada como catarata infantil, causada, em grande parte dos casos, por condições genéticas e/ou histórico familiar interligado a doença.
Diagnóstico da Catarata Infantil
O diagnóstico da catarata infantil é possível por meio do Teste Reflexo Vermelho, também conhecido como Teste do Olhinho, realizado com o recém-nascido por um pediatra logo nos primeiros momentos de vida da criança e ao longo de consultas subsequentes no primeiro ano do bebê, sendo possível identificar sinais de algumas doenças e, em caso de diagnóstico, poder tratá-las rapidamente.
Quando o resultado nesse exame reconhece alguma alteração em um ou ambos os olhos, pode-se suspeitar a existência de catarata.
Em circunstâncias desse tipo, o médico encaminha o paciente a uma consulta com um oftalmologista que, através de outros exames e avaliações, é capaz de validar um diagnóstico.
Para alguns casos específicos, esse profissional ainda pode requerer mais exames complementares para identificação e confirmação da existência ou não de outras doenças oculares associadas à catarata.
Com essa dinâmica chega-se a conclusão se a catarata é esporádica (sem causa definida), causada por alguma doença familiar ou desenvolvida/contraída pela criança durante a gestação.
Cirurgia e Tratamentos
O procedimento cirúrgico para combate a catarata infantil se baseia na retirada do cristalino em situação de opacidade, condição prejudicial aos olhos que deve ser tratada rapidamente.
Dependendo da idade ou especificidades do caso, determina-se a colocação de lente intraocular logo na primeira cirurgia, porém o implante pode ser feito em um segundo momento.
Se não houver tal indicação, portanto, são prescritos óculos para correção do elevado grau devido à ausência do cristalino.
Em alguns casos, não se faz necessária a remoção do cristalino, sendo possível tratar a catarata por meio de colírios e óculos para atenuação do problema. Entretanto, deve-se ficar sempre atento a condições e sintomas apresentados pela criança e sempre recorrer ao oftalmologista, além de manter a rotina de consultas e demais avaliações periódicas.
Acompanhamento
Fase fundamental para controle do quadro clínico da criança. Após a realização dessa cirurgia, em geral, o olho prejudicado pela patologia necessita de estímulo extra para se desenvolver, sendo comum em pacientes de até 7 anos de idade.
Após a intervenção, é efetuado o exame de fundo de olho e medida de pressão ocular para estabilização do quadro e confirmação dos resultados obtidos com o procedimento, exames oculares que devem ser realizados pelo menos uma vez ao ano e, em casos de bebês com até 6 meses de idade, com periodicidade a ser definida pelo profissional.
Esses procedimentos regulares são, em quase todos os casos, feitos sob anestesia geral e em consultório, buscando total conforto e tranquilidade ao paciente, pais e/ou responsáveis pela criança.
Complicações
Os problemas relacionados que normalmente podem atrapalhar o processo de recuperação da catarata são:
- Estrabismo: Caracterizado pelo desvio dos olhos e associado com a baixa visão ou até mesmo com a mesma causa que a catarata.
- Reopacificação: Apesar de não ser possível a catarata ser reincidente após a cirurgia, pode haver inflamação na região onde a doença se instalava, sendo necessária nova cirurgia para limpeza total.
- Glaucoma: Distúrbio que causa o aumento da pressão do olho, com seus casos podendo ser tratados com uso de colírios ou por meio cirúrgico.
